quarta-feira, 13 de julho de 2011

Medos por lágrimas

Olá, meu nome é Verônica



Acabo de fazer a maior descoberta da minha vida! Melhor do que descobrir que uma chapinha pode enrolar o cabelo, ou que adoçante tira tinta de cabelo da testa, ou que eu ainda sei dirigir (depois de meses sem ligar um carro).
Estava ouvindo meu cd do Tears For Fears quando pensei "eu não sei muita coisa sobre eles! que tipo de fã eu sou?". Então, resolvi fazer uma visita ao Google e descobri um milhão de coisas! Mas, o mais engraçado foi perceber o quanto nós temos em comum!

Pra quem não sabe, Tears For Fears é uma dupla britânica de rock dos anos 80 formada por Roland Orzabal e Curt Smith. Daquelas que os teus pais escutam na Antena 1, sabe? Você com certeza já ouviu pelo menos UMA MÚSICA desses caras, jogue no youtube.


Agora, esse nome estranho. Ao pé da letra "Lágrimas por medos"? Que raio de nome é esse??

Roland Orzabal fazia terapia com Arthur Janov, mais conhecido como o psicólogo do John Lennon. Este desenvolveu uma teoria chamada "O Grito Primal". A teoria consiste na localização das dores primais, as dores da infância, os traumas. Como o próprio nome diz, essa terapia é baseada no uso do grito, como uma forma de expulsar esses traumas.
E a partir disso, Roland inspira-se na teoria e dá o nome a banda de Tears for fears, substituir medos que temos por lágrimas, que é um meio de expor (Adorei!) Além de usar dos livros do psicólogo para a criação de várias de suas músicas.

Em suas músicas, a dupla explora pontos interessantíssimos, como colocar tudo pra fora, gritar, descobrir as causas de nossos problemas e viver nossa juventude. Ao contrário das bandas de hoje que só falam de fossa, ou de banalidades do cotidiano é bom saber que existe uma banda que vá tão fundo nas experiências humanas.

E, como futura enfermeira psiquiátrica, é claro que quase surtei com essa leitura!

E mais ainda porque ELES VIRÃO PARA O BRASIL E EU TENHO UM INGRESSO, AHAM, AHAM.

Termino com um trecho da minha música preferida deles:

Shout
Shout, shout, let it all out
These are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on!


sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Caras como eu...


Olá, meu nome é Verônica.


Férias


Enfim se passaram longos quatro meses de tentativas de suicídio, alucinações, mães com bebês desnutridos, crianças com doenças crônicas, mulheres com úlceras, jovens no respirador, homens com cirroses e hepatites. E se você, como eu, passou por tudo isso, com certeza contou os dias como uma criança conta suas moedas para comprar um vídeo-game no fim do ano.
Mas se você não passou por isso, meus parabéns, você tem uma vida!

A questão é que ficamos tão preocupados com o fim que esquecemos do começo. É, o começo das férias.

Já ouviu falar de crise de abstinência?
Se não, é o que ocorre quando um viciado tem uma parada brusca da utilização de álcool, por exemplo.


Então, o que acontece com uma estudante de enfermagem, que passou quatro meses hard coremente quando é retirada assim do hospital? Só uma coisa: surtos de T-É-D-I-O.



Eu não sei mais o que fazer quando não se tem o que fazer!
Loucura? É, talvez.
Mas eu vou apreciar o tédio e os desenhos animados com todas as minhas forças enquanto ainda posso ter o luxo de sermos best-friends-forever (y)




Sem mais preâmbulos e circunlóquios,


verônica

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terça-feira, 13 de julho de 2010

miséria, miséria, em qualquer canto

Olá, meu nome é Verônica.

Quando será que realmente estaremos satisfeitos?


Eu diria que nunca!

Nossa vida não pode ser como estômago em dia de rodízio, como copos de coca-cola ou como piscinas em dia de chuva. Está mais para prato de modelo, pequeno pedaço de bolo ou yakult. O que você tem pode ser o máximo que lhe pode ser oferecido no momento e você não se satisfaz. Por que?

Por que há muito mais espaço no prato, há mais 11 pedaços de bolo para serem devorados emais 5 garrafinhas de yakult. Nós sabemos que podemos alcançar muito mais coisas! Sabemosque se conseguimos uma, poderemos conseguir todas as outras! Somos fodas, óbvio.

Agora, me diz o que aconteceria se uma modelo de 40 quilos almoçasse uma vaca inteira? Pois é, ela perderia seu emprego e com certeza arrecadaria uma 'grande' parcela de tecido adiposo. E se eu comesse o bolo inteiro? Bom, não muito improvável, mas a essa hora eu estaria debruçada sobre o vaso sanitário xingando todas gerações do cacau e implorando à todos os deuses gregos pra que tudo isso acabasse. E quanto aos 6 potinhos de yakult... Se eles foram feitos nesse tamanho, é porque é assim que deve ser e ponto final. Quando era pequena eu tomei todos de uma vez e garanto-lhes que não é nada legal se desidratar depois e ter que passar as refeições tomando sopinha e depois várias garrafas de gatorade.

Aí está a insatisfação. Não conseguimos dosar o que realmente precisamos na nossa vida. Ou nos agarramos ao pouco que temos ou caímos de cara no bolo inteiro. Eu preciso de um dosador, urgente! Tem um teco de chantily na minha testa...

Talvez eu esteja desnutrida... ou prestes a descobrir a velocidade média de uma bola jogada na ladeira de casa!



Sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

sweet dreams

Olá, meu nome é Verônica.


Eu não gosto de sonhos, sabe?

Exatamente por esse fato, eles são sonhos!
É como apêndice e amígdalas, que só servem pra inflamar e te fazer passar pelo bisturi.

Uma vez quando era criança eu sentei com um fardo de coca-cola só para não dormir mais. Eu não ia ter mais sonhos, ah não ia mesmo! Eu resisti até as 6 da manhã, quando não tive outra escolha a não ser assistir ao telecurso 2000, numa lição de matemática sobre equação dadas pelo Nino do Castelo Ratimbum (bizarro). É, quando eram 6:15 da manhã eu estava babando em meu travesseirinho. Foi quando eu me senti como quando um suporte de durex de umas 5 toneladas caiu na minha cabeça, ou quando bati a cabeça ao sair da van da escola correndo pra alcançar o carro do churros, ou quando quase rasguei o crânio ao bater na quina do armário da cozinha.

É, tipo assim, uma epifania!


Não adianta querer ficar acordado, não adianta querer fugir.
Nós sempre sonharemos e irrevogavelmente, com certeza, absolutamente, na mosca, quase sempre nos decepcionaremos.

Mas eu vivo pela pequena chance de dar certo, que não deixa um sonho ser impossível.





sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

2,0

Olá, meu nome é Verônica.


Vamos, retroceda comigo. Se está lendo isso, com certeza já fez coisas um tanto quanto fúteis, tal como assistir ao Domingão do Faustão, esparramado no tapete da sala, com os pés pra cima do sofá. O último detalhe permito que ignore, pois o fato está no célebre e sensacional programa que anima toda a garotada, "Ô loco meu!".
Como em todo grande programa, o maior ponto de audiência é atingido no momento em que algum brasileiro desempregado com nome de jogador de futebol está sendo humilhado pela direção a fim de ganhar uma cesta básica. E quem não se lembra de uma prova onde um participante, com roupa de atleta e um capacete pra lá de fashion, sobe uma rampa enquanto uns filhos da mãe jogam bolas enormes que te esmagarão se você não se esgueirar e manter a postura.
Agora lembrou, não é? Pois bem, é aí que eu entro então.


Eu estou subindo. Correndo, na verdade. Curtindo a vibe positiva. Nenhuma bola. Só eu e meu capacete, cantando e balançando os bracinhos pra frente e pra trás, pra frente e pra trás, pra frente e... POOOW!!!!
Não foi uma onomatopéia bem escolhida, mas é o que se pode conseguir após se empanturrar com "ovinhos de amendoim".
Voltando... POOOW!!!! Você olha para frente e o que você vê? Sim, caro leitor, a tremenda esfera de concreto está vindo te dar o abraço da derrota! Você se joga rapidamente para o lado e o monstro passa de raspão, ralando seu joelho torto. Tudo bem, você estava despreparado, não é? Está perdoado, coitado. Todos tem direito de dar uma raladinha pra aprender.
Beleza. Continue subindo.
Agora eu vou apelar para mais uma coisa. Mas, por favor, não perca o foco e a imagem que projetei, ok?
Lembra de um cara de pedra, retangular, enorme, com um band-aid nas costas, vesgo e que ruge, que aparece no primeiro castelo do Mario 64? Ok, agora recorte e cole essa imagem naquela subida. Ele está lá, pronto para se jogar em você. E ele se joga bem gostoso e te amassa.
Dessa você não escapou, não é? Aí você tem duas opções:

a) joga o controle na televisão, xinga a mãe do Mario e fala "não brinco mais /bico"
b) você usa a outra vida e arrebenta aquele filhodap*&% quando o encontrar, além de exterminar o resto dos obstáculos que vão te aparecer, como algumas bombas que te seguem, uns cachorros feitos de corrente e enguias gigantes.

Num lapso eu escolhi a primeira, porém a segunda ficou totalmente mais filosófica e bem elaborada e eu prezo por frases assim.

Pois é farmacologia, agora é PORRADA pra você!




sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica


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sexta-feira, 7 de maio de 2010

DEZENOOOOOVE

Olá, meu nome é Verônica.


Jovem adulta

Esperamos a vida inteira pelos estimados maravilhosos e motorizados DEZOITO anos. Porque quando tivermos aquele documento verde tão poderoso nos 'trinques' poderemos comprar bebida a vontade e adivinhe só? É tudo dentro da lei! É, também poderemos pegar o carro velho do papai e descer a serra e curtir uma praia! Claro, porque eu tenho DE-ZOI-TO anos e é óbvio que eu saberei o caminho! Eu entrarei na faculdade, vou morar sozinha e farrear todas as noites sem dar satisfações a exatamente ninguém! Chegar às 7 em casa e entrar às 8 na aula, deixando pra trás um rastro de odor de etanol. Eu posso fazer o que eu quiser e sabe por que? Porque eu tenho 18!

Tá, já se passaram 355 dias com dezoito anos.
E o que se faz com 19?

Com 19, cerveja já é coca-cola. Você pode comprá-la entre um pacote de pão de forma e uma lata de extrato de tomate. Não tem mais graça, é tão normal, não é? E o carro velho do pai? Pô, ele é velho! E você já não aguenta sua mãe pedindo de 15 em 15 minutos pra você ir comprar uma lata de milho no mercado para finalizar o almoço. Sabe como é ruim procurar uma vaga pra estacionar? É o inferno!
Ok, você foi para faculdade e está morando sozinho! Você farreia a noite toda, mas de manhã você tem uma louça de 3 metros de altura para lavar, um fogão imundo e uma geladeira com apenas um suco vencido na semana passada. Você sai com o "melhor" dos humores de casa para pegar o ônibus.
Quando está há dois quarteirões de distância você vê a grande lata velha virando a esquina do ponto. Pois é, por que você ainda está parado? CORRE! Então você sai derrubando seus livros pesados e barras de cereal até 5 metros do ônibus, quando o abençoado do motorista sai em disparada e te deixa respirando a fumaça pretinha da decepção.
Você xinga o mundo por aproximadamente 6 segundos, já que agora você está atrasada para a aula e deve subir a pé. Respira um pouco para eliminar a sujeira e mantém o ritmo frenético da subida para a faculdade, ao som daquela música do Rocky Balboa enquanto sobe a escada sem fim.
Enfim, você chega 15 minutos atrasada, com aquela pizza embaixo dos braços, o cabelo grudado na testa e os pés se xingando. Por sorte aquela professora que "te ama" está na porta falando sobre pontualidade. Você entra, sorri e tropeça em 3 cadeiras até chegar em seu lugar, evitando alguns olhares efusivos.

Pois é, com 19 já estamos velhas e acabadas. Desejando que cada segunda-feira fosse a sexta. Trocando uma noite de farra por algumas horas deitada assistindo a uma novela da rede Globo de gente rica e suas pequenas recepções de casamento com 700 pessoas.

Eu quero o entusiasmo dos 17 anos de volta, poxa!
Com duas bolas de sorvete, por favor.


Sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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terça-feira, 2 de março de 2010

I need some sleep

Olá, meu nome é Verônica.

O que te tira o sono?



Em uma rua de uma cidade movimentada, eu perguntaria a cada tipo de pessoa. Há aqueles que estufariam o peito e diriam que é o humanitarismo: o terremoto no Chile, as desgraças no Haiti, a reforma da saúde nos Estados Unidos, uma treinadora de baleias morta. Há também mulheres andando com a respiração presa e a barriga encolhida respondendo que é a ansiedade: um Cheddar Mc Melt sem cebola, batata média e coca grande, unhas quebradas e cabelos por pintar. O estudante diria com os ombros cansados e os olhos ligados que é a incerteza: da aula de amanhã, da prova de amanhã, dos amigos de amanhã, dos professores de amanhã. Alguma fanática por esoterismo logo diria que são os astros: o horóscopo do mês indicando decisões, o tarô do amor e o carma que o signo de touro carrega de ser tão possessivo.

Apesar de eu me adequar a grande parte das preocupações, eu sairia assoviando aquela canção de otimismo 'como é mesmo? ah sim... Smile, though your heart is aching... lalalalala'.

Não por não ter preocupações, nem quilos a mais e unhas a menos, pois isso eu poderia colocar em 300 sacos e distribuir pela cidade.

Mas por após pensar em tudo isso, chegar a conclusão que a menina de cabelos coloridos, camisa de time de futebol e chinelo responderia ao passar no meio do posto de gasolina "É só saudades".



sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica


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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

True or False?


Olá, meu nome é Verônica


Quem já não passou por aqueles benditos testes de inglês em que você tinha que responder "True or False"? Pois é, minha professora tinha uma tremenda queda por esses exercícios, portanto era indispensável em qualquer prova. Como nada nessa vida são flores, é claro que eu sempre me ferrava nas respostas. Às vezes até fazia umas gambiarras, tentava escrever o 'T' e o 'F' de lápis forte. Assim, parecia caneta preta e depois era fácil transformar um T em F ou um F em T.



Os dias de prova de inglês acabam, mas essas malditas questões não, não é? Você sempre é testado a responder verdadeiro ou falso. E, como sempre, você continua caindo do cavalo.


Quando me faziam uma pergunta, a resposta certa sempre me vinha a cabeça, mas eu insistia em responder a contrária, assim não me comprometeria. Porém, não há trambiques e muito menos respostas a lápis na vida real e como sempre, uma nota insatisfatória e vermelha chegava aos meus olhos ou ouvidos.

Até que eu me dei conta de que a partir do momento em que você confia piamente em alguém, você pode responder a caneta e com certeza o teu palpite será levado em conta. E não é que novamente eu me enganei? Às vezes os substitutos aos professores na vida real vão sempre achar que você respondeu a lápis.

Taurinos odeiam mudanças. Mas, uma vez que é feita, ela não se desfaz.
Há algumas semanas, ou meses, eu optei pela caneta em determinada matéria.


"Viva no presente, lembre-se do passado e não tema pelo futuro, pois ele não existe e nunca existirá. Só existe o AGORA." (Christopher Paolini, Brisingr)




sem mais preâmbulos ou circunlóquios,

verônica

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pais, pais, pais

Olá, meu nome é Verônica.


Tão incompreensíveis quanto a Lei de Murphy. Tão antiquados quanto gírias como "broto" e "paquerinha". Tão inconvenientes quanto propagandas de máquina fotográfica no meio do resultado do teste de DNA dizendo se aquele jogador de futebol teve um caso com a assistente de cozinha de algum prostíbulo. Tão irritantes quanto aquele pernilongo que insiste em fazer a dança do cisne em torno do seu ouvido às 3 da manhã. Tão barulhentos quanto a máquina de cortar pisos do seu vizinho que insiste em reformar sua casa desde o tempo em que Cid Moreira tinha cabelo preto. Tão chatos quanto os primeiros episódios de uma novela das 6 com personagens com sotaque ridículo. Tão explosivos quanto o dote da filha de Osama Bin Laden. Tão contraditórios quanto um rabino que rouba gravatas. Tão não-permissivos quanto o código penal. Tão carcereiros quanto eu lá sei o que mais!

A partir do dia que nascemos, prometemos a nós mesmos que não seremos como nossos pais. Que nossos filhos escutarão o que quiserem, usarão o cabelo da cor que preferirem, colocarão piercings onde der na telha e farão mais tatuagens do que podemos permitir. Namorarão com homens ou mulheres, a escolha é deles. Voltarão tarde da noite e estaremos dormindo enquanto isso, afinal, pra que se preocupar tanto? Se sabemos nos virar tão bem pelas costas de nossos pais, com certeza nossos filhos também saberão... (?)

Eu quero férias de pais.

Tá, um pequeno recesso me vale.




sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Lágrimas de Crocodilo

Olá, meu nome é Verônica.


Quando o animal come uma presa, ele a engole sem mastigar. Para isso, abre a mandíbula de tal forma que ela comprime a glândula lacrimal, localizada na base da órbita, o que faz com que os répteis lacrimejem. (Wikipedia)



Se pegar vertendo lágrimas sem nenhum porquê.

Você está de férias, lendo o seu livro predileto com afinco, vendo seu namorado em todas as chances possíveis, abusando de internet e músicas de boa qualidade a maior parte do dia, dormindo tarde e despertando mais tarde ainda. Meu amigo, sua vida está uma maravilha!

Então, por que quando a porta de seu quarto cerra em seu encalço, algo começa a apertar sua garganta. Você tenta engolir, mas ainda está lá. Os lábios curvam-se para dentro, numa tentativa alucinada de impedir a saída de qualquer coisa que esteja por vir. O nariz se contorce e logo você estará prestes a parecer uma rena com resfriado agudo. Os olhos estão mais pesados e piscam com mais frequência do que seus dedos incontrolados se estralam.

Diagnóstico: Você está prestes a sofrer uma convulsão.

Conte até 10. Se você não começar a se contorcer no chão, não fique tão feliz assim. Caso isso acontecesse, por mais terrível e perigoso que seja, você saberia o que você tem, não é? Acho que é coisa de quem estuda na área de saúde. Pega o resultado de um hemograma e se frustra se nem ao menos o número de leucócitos está ultrapassando o limite!

Uma coisa é certa: eu não sei mais de nada, nem porque aquela m*rda de líquido rico em sais minerais e proteinas insiste em querer escapar, nem se estou ficando ''lelé da cuca''.

Alguém aí tem um quartinho de Lexotan?


Sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Oi, coelho!

Olá, meu nome é Verônica.


- Eu não sou boa em nada! - dizia para o seu travesseiro em forma de coelho enquanto a testa franzida fixava o teto com estrelas de neon - E não me olhe com essa cara de "sou um bichinho fofinho que vive no mundo dos poneys felizes" que eu não vou melhorar, tá! Ah, eu tô de s*** cheio de não saber fazer nada melhor do que os outros. Eu não sei jogar tenis, minha irmã é melhor que eu no basquete, mudo minha fala achando que vai ser tola e acabo parecendo uma completa piada, não consigo quebrar um ovo sem que as cascas caiam na tigela, não acerto a cor da tinta de cabelo, não consigo ganhar um jogo idiota de um site de relacionamentos barato, não sei andar de salto com 2 cm de altura, não consigo assistir a uma mer*a de filme de terror sem ficar 2 semanas sem conseguir dormir... E por que você ta aí sorrindo enquanto eu falo tudo isso? Deveria ter ao menos um pouco de compaixão, humpf. Tá... eu to falando com um coelho de pelúcia. Então... - Contorceu os lábios mostrando as linhas de expressão mais fortes no canto direito da boca - ... taí o meu dom. É! Quem mais é louca pirada a ponto de ter um diálogo com um ser inanimado? É, você pode tentar, mas NUNCA vai ser tão idiota como eu, hahaha! E tem mais... - parou de súbito e voltou à sua posição inicial, com os pés apoiados na janela


- É, você nunca vai ser tão idiota como eu...



sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vida Loka

Olá, meu nome é Verônica.


- Eu já disse que da próxima vez eu volto a ser vida loka!
- Vida loka? Cuma?
- Ah, sabe como é. Sexo, drogas e rock'n'roll!

Se jogar em uma micareta a toa,
Apostar com as amigas quem beija mais caras e boa.
Pegar o desconhecido, o amigo e depois o amigo dele,
Enquanto enche a cara e chora por 'ele'.
Não perder nenhuma festa, nem estando doente,
Sair 'desnuda' e na noite bater os dentes.
Tirar fotos de sutiã
E se esconder de sua irmã.
Voltar pra casa satisfeita com o resultado,
Sentar na cama e lembrar-se que não tem um namorado.
Tá, dizem que você não está na idade...
Mas você até já mora fora da cidade!
Quem foi que disse que um jeito é melhor que o primeiro?
Oscilar entre tantos e nenhum quando olha os ponteiros!
Já são 6 e tanto e eu estou no sofá de cabeça para baixo,
Em um lugar onde dizem que não me encaixo...
Mas afinal quem fica tanto tempo na mesma situação?
Blá, eu 'tô de boa' com o meu coração.




sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica


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sábado, 24 de outubro de 2009

quais são as cores e as coisas...

Olá, meu nome é Verônica.


Cereja, colada à parede. Verde, aninhada em meu edredon. Branca, estatelada no chão frio. Negra, jogada no asfalto após uma estrelinha mal feita.

É camuflar-se, é adaptar-se.
É uma questão de mudar, mudar de cor.
Eu sou um arco-íris retrocesso,
Uma caixa de 96 lápis coloridos apontados dos dois lados,
Um carnaval delimitado,
Um camaleão psicodélico.
Sou as unhas meticulosamente desenhadas,
Sou o prisma das lágrimas nos lábios,
Sou a música triste remixada.
Eu sou a cor descolorida e atraente.
O fosco dos meus olhos brilhantes.
O preto-e-branco em 256 tonalidades.

Eu sou a vaníloqua amordaçada,
Mas até o rubor das minhas bochechas poderia me entregar!


sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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Feita de Papel

Olá, meu nome é Verônica.



Sempre preciso de mais e essa coisa não tem fim pra quem não encontra a paz, como eu que nunca admiti ser fraca e não consigo ir para casa, mesmo quando estou cansada.

Nunca digo a verdade. Aliás, sei que o meu discurso já não cola mais. Chega uma hora em que pra mim tanto faz, então só penso em correr atrás, porque pouco já não me satisfaz.

Essa coisa me cega e eu já não ligo se o dia clareou. Minha cama me espera e eu já não sei mais quem sou.

Por que eu me trato assim tão mal?
Será que eu não gosto tanto assim de mim?
O não às vezes pode ser muito melhor que o sim.
Por que eu não sou feita de papel?

Preciso aprender a me respeitar, saber de quem eu devo me afastar. Um dia posso não voltar e minha cama vai continuar sozinha.

Eu não estou em boa companhia, preciso mesmo de alguém que me lembre como é ser do bem sem precisar me destruir.
Eu sei lá, alguma coisa para construir...

Eu só funciono se alguém me dirigir.


[ Megh Stock ]



Sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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