sábado, 24 de outubro de 2009

Feita de Papel

Olá, meu nome é Verônica.



Sempre preciso de mais e essa coisa não tem fim pra quem não encontra a paz, como eu que nunca admiti ser fraca e não consigo ir para casa, mesmo quando estou cansada.

Nunca digo a verdade. Aliás, sei que o meu discurso já não cola mais. Chega uma hora em que pra mim tanto faz, então só penso em correr atrás, porque pouco já não me satisfaz.

Essa coisa me cega e eu já não ligo se o dia clareou. Minha cama me espera e eu já não sei mais quem sou.

Por que eu me trato assim tão mal?
Será que eu não gosto tanto assim de mim?
O não às vezes pode ser muito melhor que o sim.
Por que eu não sou feita de papel?

Preciso aprender a me respeitar, saber de quem eu devo me afastar. Um dia posso não voltar e minha cama vai continuar sozinha.

Eu não estou em boa companhia, preciso mesmo de alguém que me lembre como é ser do bem sem precisar me destruir.
Eu sei lá, alguma coisa para construir...

Eu só funciono se alguém me dirigir.


[ Megh Stock ]



Sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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