sábado, 20 de junho de 2009

Dissimulada

Olá, meu nome é Verônica.


O problema em ser irônica é que você nunca é levada a sério. Nem pelos outros, nem por você mesma.

Qual é a de ser fria por fora e quente por dentro? Tudo faz parte da ironia. Talvez usada apenas para falar o que você realmente pensa sem que seja creditado. Talvez usada como diversão, para fugir da ordinária fala habitual. Talvez então para ter a vida usurpada por um personagem fictício. Ou talvez eu tenha realmente sérios problemas e tenha deixado que a minha vida tenha sido fagocitada por um Shakespeare violado.

Talvez eu realmente tenha múltiplas personalidades, ou somente uma comum mudança de humor, pertinente a qualquer garota de 18 anos. Garota de 18 anos. Tá aí outra coisa. Quando você é começada a ser chamada de 'mulher'? Mas isso foi apenas um parêntese.

Ironias à parte, agora eu posso ser comparada a uma daquelas flores brancas. Daquelas onde você coloca um corante na água e a flor muda a cor de suas pétalas, de acordo com o estipulado. Eu devo estar na ponta de um arco-íris então. Aproveitando, é claro, para tentar trazer o pesado pote de ouro deixado pelos duendes.

Mas duendes me lembram extraterrestres e o prêmio por ser tão colorida parece ser bem dispensável para mim.

Eu acredito que possa haver algum prazer doloroso nisso tudo.

sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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