domingo, 31 de maio de 2009

Today the Sun's on us

Olá, meu nome é Verônica.


E é tudo tão real, mas nada normal


Eu posso tentar ser o meu pior, eu posso permitir que o ódio me domine, assim como Peter Parker. Eu posso invadir o teu sono e acender todas as luzes, eu garanto que consigo. Ah, eu posso cravar meus dentes em seu pescoço e lhe proporcionar a pior das alucinações. Caminhar em sua direção com os olhos negros de sangue, sedentos por sua queda. Posso brincar de fazer sombras na parede, posso fazer com que elas te devorem. Posso despejar toda a frustração de meus ombros sobre seus cabelos e observar enquanto desmancha lentamente...


Mas um sorriso vem como um tiro, disparado pela melhor xerife da cidade. Por que a simpatia encobre qualquer tentativa de ignorância? Maldita! Ser rosada como o céu, caminhar como sobre as nuvens e tornar meus olhos escuros, da cor do sol. Acolchoar qualquer tentativa de nocaute e revidar com um semblante terno e acalentador. Sorrir a cada lembrança negra e sangrenta e torná-las campos elíseos. Recostar no espaldo e jogar a cabeça para trás, com um riso suave e melodioso. 

É como usar óculos escuros em uma negra noite numa rua sem saída. Mas eu ainda não tropecei em nenhum gato preto, ainda não dei de cara com o muro do final da rua e nem ao menos caí em algum bueiro destampado.  

Mas veja! 
A luz está invadindo a janela e eu estou fechando as cortinas. 
Nada melhor que um quarto escuro, sem você.

sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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