domingo, 24 de maio de 2009

Esporadicamente

Olá, meu nome é Verônica.


De quantas formas literárias eu puder ser

Já chega do tão blasé "quero um conto de fadas, beijos". Quero dizer, a moda agora é outra e temos que acompanhar a evolução, concorda? Se não concorda, caia fora, este é um blog totalmente contemporâneo com idéias de ano 3000. Eu lhe recomendo Romeu e Julieta, mas agora vamos.

Como estava dizendo antes de ser interrompida por mim mesma, a vida vem cada vez mais inovando-se, deixando-nos perplexos a cada novo gênero.

Novela Mexicana: Quando só te falta aparecer uma irmã gêmea do mal. Você já tem o nome perfeito (e ulalá, você também faz questão de achar uns nomes estranhos por aí só para combinar), os amores imperfeitos e a má dublagem de seus sentimentos. Você canta, dança, atua e até dá algumas piruetas. Você tem mais histórias do que uma biblioteca e todas elas mais estapafúrdias do que piadas de loira (okay, eu ainda me sinto ofendida com elas). Além do mais, parece ser interminável, mas quando acaba, o maldito Sistema Verônica de Televisão insiste em reprisar. E você assiste novamente. Mesmo sabendo o final, mesmo sabendo que, como você é a má da história, você perderá ou será presa em um hospício depois de tanta maluquice.

Novela da Globo: Quando você parece só se envolver com o estrangeirismo. Mesmo estando quietinha no seu canto, te aparece alguém da Índia, de Marrocos, China ou sei lá de onde mais. Mostra uma beleza a todos os telespectadores, porém reserva uma mensagem amarga do que realmente está acontecendo. São exibidas várias em um mesmo dia e você quer acompanhar todas. É claro, algumas melhores do que outras, mas você não se dá ao luxo de dispensar nenhuma. É o seu assunto todos os dias com as amigas, vizinhas e travesseiros.
Para alguns, é quando você só aprecia quando acaba, já que ultimamente as novelas estão particularmente inexpressivas. Apenas uma a cada tempos lhe apetece e ao acabar você torce para que haja um vale a pena ver de novo.

Seriado Americano: Quando você já está completando um box. Mais contínuo do que as anteriores, o seriado americano é o que mais surpreende. Regado de colírios para nossos reles olhos desconhecidos pela mídia, amores colegiais/universitários ou até mesmo um bando de gente louca presa em uma ilha. Por mais irreal que pareça, por mais inalcansável que aparente, você tem mais esperanças que torcedor de futebol em dia de final. Porém, não obedecem ao sistema rígido de "o bonzinho sempre será bonzinho e ficará com a mocinha". Você tem ao seu alcance um acervo repleto de idas e vindas, separados em DVDs. Você assiste quantas vezes quiser, mesmo sabendo que isso um dia irá te cansar. Apesar de que você sempre tem o preferido que, no meu caso, é o mais fora do senso comum.


De tantas formas eu posso ser, em quantos canais eu possa aparecer. Na verdade, o que eu queria era menos do que tudo isso: somente um clipe de TV. Dura apenas 5 minutos, mas sua banda sempre criará mais desses pequenos momentos. Esporadicamente.



sem mais preâmbulos e circunlóquios, 


verônica

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