sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Inconsequente

Olá, meu nome é Verônica.



Queria não ter consciência, para assim poder fazer o que tenho em mente.
Ouço minha mãe me chamando de inconsequente, mas se não me sinto dessa maneira, por que o grito? Queria vaguear pelo meu inconsciente para que eu não sentisse tanta culpa. Queria não ter consciência de que eu estou enxergando tudo claramente. Queria ser uma inconsequente total, uma maluca desvairada.

Queria poder agir com minha pulsão instintiva. E falando nisso, por que raios Freud tem que estar certo? Necessitamos de um objeto, não característico. Eu não quero que laranja me satisfaça, sendo que preciso de amoras! Não quero que eu me contente, ou que me descontente em ser contente.

Eu queria ter consciência de que eu estou no caminho errado, mas como mamãe já gritava enquanto eu batia a porta em meus encalços, "SUA INCONSEQUENTE!".

As mães sabem de tudo.


sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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