Year 3000

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Year 3000

Olá, meu nome é Verônica.

Futuro

Aos 5 anos me pediram para desenhar o que eu gostaria de ser quando crescesse. Enquanto muitos nem ao menos sabiam segurar um lápis, eu reparti a folha ao meio e desenhei uma médica e uma bailarina. Mas aos 5 e meio eu já decidi que queria aparecer, quando fui aplaudida por ler uma homenagem aos pais após ter quase perdido o dedo no fecho da porta ou quando aprendi a forjar um choro para poder sair de casa.

Aos 7 eu tive o meu primeiro erro gramatical (escrevi 'familha') e desde então decidi que a gramática seria a minha vida! Mas, eu também era a "loira do tchan", ou a candidata a "chiquitita" nessa época... mas você já viu uma dançarina que ia escondida pra biblioteca?

Aos 8 eu vi que meus dons artísticos se estendiam para os desenhos e até ganhei alguns concursos. Aos 9 eu descobri o teatro e, meu Deus, agora eu já queria ir para a Globo e ninguém me impediria disso! Aos 13, meus desenhos conseguiam me levar aonde eu queria. Está bem, agora eu seria uma arquiteta! Aos 14, tudo desmoronou e eu só queria fugir para o México e virar uma atriz. Aos 15 me envolvi no campo mortal da informática e decidi que faria publicidade! Como isso não me levaria a nada, por que eu não tento ser Jornalista? Com 17 você vê que talvez queira ser Bióloga! Não! Fisioterapeuta? Não! Enfermeira, é, ficou bom.

Mas... ficou bom mesmo?

O que fazer quando você tem a melhor faculdade em suas mãos e talvez não possa aproveitá-la?

18 anos é uma idade muito baixa para se decidir o que realmente quer fazer pelo resto dos seus dias. Será que eu quero mesmo passar meus dias correndos por corredores brancos cuidando de pessoas acidentadas?

E quanto a escrever, atuar, ler?

Por mais que o meu espírito humanitário grite, pelo menos mais 12 vozes gritam junto.

E então, o que eu escuto?

como prometido, um salve para o meu amigo Cidão da Xurupita ;)

sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica