domingo, 5 de julho de 2009

Vinho

Olá, meu nome é Verônica.


Mudar

Mudar mil vezes de roupa antes de sair, mudar a cama de lugar, mudar o penteado. Mudar uma questão antes de entregar uma prova, mudar de restaurante preferido, mudar de casa. Mudar seus sapatos e até mesmo suas camisetas. Mudar de namorado, mudar de remédio, mudar da água para o vinho.

Mudar da água para o vinho.
E do vinho para a água? Porque será que não podemos inverter esse poder de Baco? Por ser algo impossível, talvez. Ou por ser algo tão fácil e banal que nem é necessário citar.

Digamos que só é preciso extrair a parte roxa do conteúdo. Ou tirar todo o seu teor alcoólico. Ou quem sabe tirar todo o sabor contido nessa maravilhosa bebida. Mas se estou tirando três das coisas que mais gosto, como eu poderia me dar bem sendo como a água? Sem gosto, sem cor, sem cheiro...

Mas, pensando cá com meus botões (que por sinal são roxos), me lembro de outros aspectos da água. Furiosa e fatal, tem o poder de destruir nações. Necessária e complexa, faz com que nenhuma pessoa consiga sobreviver sem ela. O gelo é feito de água, oras! Às vezes, poluída, por muitos não lhe darem o valor devido.

Mas, eu diria mais:
Tem um gosto único,
a cor mais brilhante do que eu jamais notei
e um cheiro inebriante.



E mais, eu sempre disse que vinho me deixava sentimental,
Acho que sou mais ser água. Do que estou falando?


sem mais preâmbulos e circunlóquios,

verônica

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