quarta-feira, 8 de julho de 2009
I just wanna use your love tonight
Olá, meu nome é Verônica.
Indecisão
Eu não quero voltar, muito menos seguir adiante. Eu não quero ter que dizer sim, mas o não me assusta. Eu não quero correr, mas por que eu ficaria parada? Eu não gosto de onde estou, mas onde eu estava é bem pior. Eu queria acreditar, mas eu posso me divertir mais duvidando? Eu estou fechando o meu quarto, mas ainda está grande demais. Eu joguei fora o step, sem pensar antes que o pneu poderia furar. Eu estou me enganando com verdades e confessando com mentiras. Eu estou com os olhos ardendo por olhar para a lua, mas eles se tornam gelo quando vejo o sol. Estou apostando com seres inanimados e mantendo distância de sangue corrente. Eu vejo diferentes horas iguais e as mesmas diferenças. Meus olhos estão tão claros quanto petróleo e minha pele mais escura do que neve. A água me machuca, mas eu consigo morder tijolos. Eu quero que você saia agora, porque eu sinto sua falta. E eu até pediria para ficar, se eu não quisesse tanto que partisse. Eu normalmente quero ser anormal, mas é insano o modo como eu talvez, com toda a certeza, aceitaria a normalidade.
Meus lábios jorram tinta e minhas canetas se mantém caladas, por um tempo tão grande quanto o preparo de um miojo. Estou com tanto ódio que poderia gargalhar até que minha bochechas doessem, mas estou alegre por não conseguir ao menos esboçar um sorriso para a mulher que tanto abre a porta do meu quarto. O silêncio está estourando os meus tímpanos e eu tenho fome de poluição. Eu coloco meus óculos e tudo fica mais embaçado.
É a lua cheia, talvez eu me transforme em um candelabro falante ou em uma lagarta fumante.
sem mais preâmbulos e circunlóquios,
verônica
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